quinta-feira, 20 de outubro de 2011

GORDURA HIDROGENADA ( GORDURA TRANS)

GORDURA HIDROGENADA
( GORDURA TRANS)

Desconfie dos alimentos sequinhos, aqueles que são fritos, mas não ficam oleosos.
A receita desse “milagre” chama-se GORDURA
HIDROGENADA e, ao contrário do que se pensa, faz muito mal à saúde.

 Estudos recentes mostraram que esse tipo de gordura É PIOR que a SATURADA - de origem animal – do ponto de vista cardiovascular. A causa: ela “PLASTIFICA” os vasos, levando a infartos e derrames. Quem garante é a endocrinologista Rosina Erthal Vilella, que pesquisa o assunto há anos e explica o mal faz essa gordura, também chamada de “TRANS”.
 O problema, segundo ela, é que os alimentos hidrogenados não se resumem a frituras.Biscoitos, Sorvetes, Chocolates, Macarrão Instantâneo, Chips e Temperos prontos, só para citar alguns exemplos, fazem parte da grande lista.
 E o preocupante, de acordo com Rosina, é justamente a variedade de alimentos que levam esse tipo de gordura, porque eles acabam sendo ingeridos por crianças, jovens, adultos e idosos.
 “As pessoas estão sendo enganadas. Acreditam que estão comendo algo que faz bem, ou não faz tão mal para a saúde.
E, na verdade, é justamente o oposto”, diz ela.
 A Gordura Hidrogenada é uma gordura vegetal que foi criada pela industria para ser uma alternativa à gordura saturada, a do bacom, da lingüiça, da picanha, etc. Mas como não existe gordura no mundo vegetal, somente óleos, foi criado então um processo de transformação desses óleos vegetais em gordura sólida.
 Aí começa o problema. Os óleos são colocados em uma câmara com Gás Hidrogênio – daí o nome hidrogenada -, com alta pressão e alta temperatura, o resultado não seria bem visto – e muito menos comido – por ninguém. Os óleos se transformam em uma pasta preta, com mau cheiro, que precisa se ALVEJADA para ficar sem cor e DESODORIZADA para ficar sem cheiro.
“Ela deixa tudo crocante porque solidifica nos alimentos após fritura, formando uma casquinha.
 “Isso acontece também nos nossos vasos sangüíneos, que ficam impedidos de se dilatar,” esclarece Drª Rosina.
Por isso, de acordo com a médica, está se tornando comum esportistas jovens sofrerem parada cardíaca durante a prática de qualquer esporte.
 “Durante a atividade fízica, o fluxo sangüíneo aumenta, mas o vaso não dilata para a passagem do sangue. É quando ocorre o infarto”.
Alguns alimentos que contêm GORDURA HIDROGENADA:
_ Biscoitos – Praticamente todos, pricipalmente os recheados e os wafer;
_ Chips – Todos;
_ Batata frita – Todas de pacote quanto as de Fast Food;
_ Tortas e Bolos – Prontos e semi-prontos(ficam bem fofos);
_ Pães – Principalmente os de massa doce;
_ Sorvete – A grande maioria, até mesmo os Ligth.
                    O sorvete hidrogenado é mais espumoso;
_ Chocolate – Cuidado com os Diet – são os piores;
_ Leite – Os achocolatados prontos;
_ Margarina – Quanto mais dura Pior;
_ Fast-food – Usam essa gordura para todas as frituras porque
                        Ficam crocantes;
_ Requeijão – Os que são muito cremosos;
_ Pipocas – De microondas;
_Temperos prontos – Todos em tabletes ou em pó.

26/07/2004 Assunto discutido no Primeiro Mundo
As conseqüências do consumo desenfreado de Gordura Hidrogenada são pouco divulgadas no Brasil.
O mesmo porém, não tem ocorrido nos países desenvolvidos.
 Em 1994, epidemiologistas da UNIVERSIDADE DE HARVARD atribuíram ao consumo da gordura hidrogenada até mil mortes prematuras nos Estados Unidos.
 Desde essa época, eles pediram ao FOODS AND DRUGS ADMINISTRATION(FDA), órgão regulador de alimentos e medicamentos dos EUA, alterações nos rótulos nutricionais que informassem aos consumidores quanto de Gordura Trans continha cada alimento.  “NADA FOI FEITO”.
 Cientistas relacionaram o consumo dessa gordura vegetal a doenças metabólicas, ou à chamada SÍNDROME METABÓLICA
Aumento da cintura abdominal, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e esteatose hepática(fígado gorduroso)

A Origem
 A descrição dessa Síndrome – inicialmente chamada de Quarteto da Morte, em 1984 – coincide com o início do uso maciço dos Hidrogenados pela Indústria alimentícia americana.
 O epidemiologista – chefe da Escola de Medicina de Harvard – Walter Willet, diz no site:WWW.TRANSFREEAMERICANA.ORG , que a introdução dos hidrogenados na alimentação foi o maior desastre na história alimentícia dos EUA. Resultou nima epidemia de obesidade e demais doenças.
 Em 2001, foi divulgado um estudo – feito com 84 mil enfermeiras, durante 14 anos – no qual ficou confirmado que a principal gordura relacionada ao diabetes e ao aumento de colesterol e triglicerídios era a gordura hidrogenada .
No ano seguinte, cientistas americanos pediram um novo estudo. Queriam que ficasse claro o quanto de gordura hidrogenada uma pessoa poderia consumir por dia, sem prejudicar a saúde.
O resultado foi surpreendente:ZERO.
Há relatos também da associação de hidrogenados com vários tipos de CÂNCER.
Esta parte do texto vai em inglês porque não sei traduzir, e, chegou até mim desta forma.
A brokem McPromisse
Trans fat causes tens of thousands of heart_disease deaths each year. So why did McDonald’s break its promisse to elimenate trans fat from its cooking oi?
NA OPEN LETTER TO McDONALD’S USA CEO MIKE ROBERTS.
Dear Mr Roberts:
McDonald’s hás done a lot  of things right.
You’ve recently added healthier menu items, and you’ve stopped supersizing fries and sodas.
 But you broke and important promise you made in 2002 to your customers – a promise to eliminate trans fat from your cooking oil.
You still fry in PARTIALLY HYDROGENATED VEGETABLE OIL, making all of McDonald’s fried foods un necessarily high in trans fat-a potent promoter of heart disease.
 According to Harvard professor Walter Willett, trans fat is  a metabolic poison that increases the “BAD” cholesterol and lowers the “GOOD”. It is responsible for tens of thousands of heart-attack deaths each year, and possibly many times more than that. The Instituto f Medicine says that any amount of trans icreases the risk of heart disease and should be kept to aminimum.
 Some of yuour European restaurants have already switched to trnas-free cooking oils. But your broken promisse puts your american customers at greater risk for heart attacks na early death.
PLEASE KEEP YOUR PROMISE.
Tranfree América. Org is  a project of the Center in the Public Interest, the nonprofit nutrition na food-safety watchdog group. The goal is to eliminate partially hydroenated vegetable oil, the leading source of di etary trans fat, from the food supply.
 Burger King, Wendy’s, kfc, Krispy Kreme, Applebee’s, and many other chains cook with this artificial ingredient despite the scientific evidence linking trans fat to heart diease.
And while many food manufactures are reformulating their products to reduce levels of trans fat, most restarant chains arent chaininging their oil.
Learn more about trans fat-and helps this campaing-at:
www.TransFreeAmerica.org.
 

OS RÓTULOS MENTIROSOS DOS "ALIMENTOS SAUDÁVEIS"

Você já gastou aquele dinheirinho extra para comprar um alimento
natural de alta qualidade, ou uma vitamina, só para descobrir mais tarde que
não era nada do que anunciava? Já aconteceu em nossa família mais de
uma vez. Nossa experiência mais recente foi com uma linha de óleos
vegetais vendida em lojas e cooperativas naturais. As garrafas, com belos
rótulos, alardeavam a técnica especial de processamento em baixa
temperatura e a qualidade superior do produto. Já vínhamos usando o óleo de
canola daquele fabricante há vários anos quando decidi escrever à companhia
com algumas perguntas e pedindo informações sobre o óleo que vendiam.

Ficamos chocados ao descobrir que o óleo de canola "prensado a frio" e
"levemente refinado" era sujeito às mesmas temperaturas altas
(232°-260° Celsius) e à maioria dos processos químicos usados nos óleos comuns!
A principal diferença é que não usavam solventes químicos para extrair
o óleo das sementes nem adicionavam preservativos e anti-espumantes.

Desapontado, e decidido a encontrar uma fonte de óleos saudáveis para
minha família, comecei a procurar mais informações sobre a produção de
óleos alimentícios para suplementar meus poucos conhecimentos. Este
artigo é o resultado desta pesquisa até agora, e vai lhe fornecer
informações necessárias para que você possa selecionar alimentos e óleos mais
saudáveis para sua família.

A IMPORTÂNCIA DOS ÁCIDOS GRAXOS

Os ácidos graxos são essenciais para a vida e o funcionamento normal
das nossas células. A membrana celular permite a passagem dos sais
minerais e das moléculas necessárias para dentro e para fora de nossas
células. A membrana celular saudável dificulta a entrada na célula de
substâncias químicas perigosas e de organismos como bactérias, vírus, fungos e
parasitas. Essa membrana também tem receptores químicos para os
hormônios, que são os principais mensageiros do corpo. Os ácidos graxos
participam de incontáveis processos químicos de nosso corpo e são utilizados
como "tijolos" na fabricação de alguns hormônios.
Há dois tipos de ácidos graxos - ômega-3 e ômega-6 - que não podem ser
fabricados pelo organismo, e assim precisam ser obtidos através dos
alimentos. São os chamados "ácidos graxos essenciais" (EFAs, em inglês), e
quando existem em quantidade suficiente no corpo são usados para
fabricar os outros ácidos graxos de que precisamos.

A suplementação de EFAs na alimentação tem ajudado muitas pessoas com
alergias, anemia, artrite, câncer, candidíase, depressão, pele seca,
eczemas, fadiga, doença cardíaca, inflamações, esclerose múltipla, tensão
pré-menstrual, psoríase, retardamento do metabolismo, infecções virais
etc., e facilitado o processo de recuperação de viciados.

GORDURAS "TRANS" E PERTURBAÇÕES QUÍMICAS

Os ácidos graxos existentes na natureza apresentam ligações duplas
entre os átomos com uma configuração especial chamada de "cis" pelos
bioquímicos. Na ligação do tipo "cis" as moléculas se torcem de forma que os
dois átomos de hidrogênio fiquem do mesmo lado da ligação dupla. Isto
significa que a ligação entre os átomos é mais fraca por causa da forma
irregular, o que provoca um ponto de fusão mais baixo - ou, no dialeto
dos supermercados, não são sólidas à temperatura ambiente. Gorduras com
ligações do tipo "trans" ou que não tenham ligações duplas ("gorduras
saturadas") são sólidas à temperatura ambiente.
Para fabricar margarina, adicionam-se átomos de hidrogênio às moléculas
de gordura para que fiquem mais saturadas, elevando o ponto de fusão
para que o óleo permaneça sólido à temperatura ambiente, ou seja, para
que a margarina não escorra pela mesa. Este processo, chamado
"hidrogenação", exige a presença de um catalisador metálico e temperaturas em
torno de 260°C para que a reação aconteça. Assim, cerca de metade das
ligações "cis" transformam-se em ligações "trans".

A hidrogenação passou a ser muito usada nos Estados Unidos porque este
tipo de óleo não se estraga nem fica rançoso tão depressa quanto o óleo
comum, e assim tem uma vida de prateleira maior. Você pode deixar um
cubo de margarina exposto durante anos e ele não será atacado por fungos,
insetos ou roedores. A margarina é um não-alimento! Parece que só os
seres humanos são idiotas o bastante para comê-la! Como a gordura da
margarina é parcialmente hidrogenada (ou seja, não totalmente saturada), os
fabricantes podem dizer que é "poli-insaturada" e vendê-la como
alimento saudável.

Muitos outras substâncias químicas gordurosas aparecem quando os óleos
são parcialmente hidrogenados. Em "Fatos que Curam, Fatos que Matam",
Udo Erasmos afirma: "A quantidade de compostos diferentes que podem
surgir durante a hidrogenação parcial é tamanha que desafia a nossa
imaginação... Nem é preciso dizer que a indústria não se dispõe a financiar ou
divulgar estudos completos e sistemáticos dos tipos de substâncias
químicas produzidos e seus efeitos sobre a saúde"1.

Erasmus também cita uma afirmação sobre a hidrogenação feita por
Herbert Dutton, um dos químicos mais antigos e famosos a estudar gorduras na
América do Norte. Basicamente, ele diz que, por causa dos efeitos
conhecidos e desconhecidos destes subprodutos da hidrogenação, os
regulamentos governamentais sobre a saúde não permitiriam que o processo fosse
usado na produção de alimentos, caso tivesse sido inventado hoje em dia.
Outro "efeito colateral" da hidrogenação é deixar um resíduo de metais
tóxicos, geralmente níquel e alumínio, no produto final. Estes metais
são usados como catalisadores da reação, mas se acumulam em nossas
células e sistema nervoso, onde envenenam o sistema enzimático e alteram as
funções celulares, colocando a saúde em perigo e provocando grande
variedade de problemas. Estes metais tóxicos são difíceis de eliminar sem
técnicas especiais de desintoxicação, e nossa "carga tóxica" aumenta
muito com pequenas exposições ao longo do tempo. Como estes elementos são
cada vez mais presentes no ar, nos alimentos e na água, as doses
cumulativas podem ir se somando até chegar com o tempo a níveis perigosos.

Como não existem na natureza gorduras com ligações "trans", nosso
organismo não sabe lidar com elas, que acabam agindo como venenos em reações
celulares importantes. O corpo tenta usá-las como usaria o tipo "cis",
e elas acabam indo parar na membrana celular e em outros lugares onde
não deveriam estar.

Nos últimos anos, foram feitas medições de gorduras "trans" na membrana
das células vermelhas do sangue humano, e o nível chegou a 20%, quando
deveria ser zero. Foram usadas células vermelhas porque são fáceis de
conseguir, mas podemos supor que a maioria das outras membranas
celulares do corpo também contêm estas gorduras antinaturais.
Os ácidos graxos com ligações "trans" presentes na membrana celular
enfraquecem a estrutura da membrana e sua função protetora. Eles alteram a
pasagem normal de sais minerais e outros nutrientes pela membrana e
permitem que micróbios patogênicos e substâncias químicas tóxicas penetrem
na célula com mais facilidade. O resultado: células doentes e
enfraquecidas, mau funcionamento do organismo e um sistema imunológico exausto -
em resumo, queda da resistência e aumento do risco de doenças.

As gorduras "trans" também podem desorganizar o mecanismo normal do
organismo de eliminação do colesterol. O fígado costuma lançar o excesso
de colesterol na bile e enviá-lo para a vesícula, que se esvazia no
intestino delgado logo abaixo do estômago. As gorduras "trans" bloqueiam a
conversão normal do colesterol no fígado e contribuem para elevar o
nível de colesterol no sangue. Também provocam um aumento da densidade de
lipoproteínas de baixa densidade (LDLs), considerada um dos principais
causadores de aterosclerose (endurecimento das artérias). Além disso,
as gorduras "trans" reduzem a quantidade de lipoproteínas de alta
densidade (HDLs), que ajudam a proteger o sistema cardiovascular dos efeitos
nocivos das LDLs. As gorduras "trans" também aumentam o nível de
apolipoproteína A, uma substância do sangue que é outro fator de risco das
doenças cardíacas. Na verdade, já se demonstrou que as gorduras "trans"
provocam efeitos piores do que as gorduras animais saturadas.

Outro efeito negativo das gorduras "trans" na dieta é o aumento dos
hormônios pró-inflamatórios do corpo (prostaglandina E2) e a inibição dos
tipos anti-inflamatórios (prostaglandinas E1 e E3). Esta influência
indesejada das gorduras "trans" sobre o equilíbrio das prostaglandinas
pode deixar você mais vulnerável a condições inflamatórias que vão custar
a sarar. As prostaglandinas também controlam muitas funções
metabólicas. Quantidades mínimas delas podem provocar grandes mudanças nas reações
alérgicas, na pressão sanguínea, na coagulação, nos níveis de
colesterol, na atividade hormonal, na função imunológica e na resposta
inflamatória, para citar apenas algumas de suas ações.
Muitos destes problemas causados pelas gorduras "trans" já são
conhecidos, ou ao menos alvo de suspeitas, há 15 ou 20 anos, mas foram
amplamente ignorados nos Estados Unidos. Na Europa, o uso de gorduras "trans"
em alimentos é restrito, e alguns países só permitem a presença de 0,1%
de ácidos graxos "trans". Pelo contrário, as margarinas americanas
podem conter até 30% ou 50%! É claro que a indústria alimentícia nega que
isto seja um problema.
Mas continuam aumentando as provas científicas de que as gorduras
"trans" contribuem para as doenças cardíacas e possivelmente para outros
tipos de doença. Mesmo a conservadora "Harvard Health Letter" refere-se a
elas como "o novo inimigo"2.

INTERESSES DISFARÇADOS

Segundo o dr. Russel Jaffe, conhecido médico pesquisador, os criadores
de porcos não oferecem gorduras "trans" a seus animais porque os porcos
morrerão se as comerem. Quando o dr. Jaffe procurou o Departamento de
Agricultura, descobriu que os técnicos sabiam disso, mas não estavam
interessados nos possíveis efeitos sobre humanos, já que esta última área
não estava sob sua jurisdição. A secretaria americana de alimentos e
remédios (FDA) também nada fez a respeito. O fato de que a indústria
alimentícia conseguiu esconder tão bem estes fatos do conhecimento público
mostra o seu poder político junto aos círculos governamentais e
científicos.

A indústria alimentícia financia muitas pesquisas. Os pesquisadores
sabem que é fácil prever o resultado de um estudo: basta conhecer quem
está financiando. Desta forma, é tolice aceitar cegamente as notícias da
imprensa sobre "as últimas pesquisas" sem considerar quem pagou por
elas. Há algumas fundações por aí, de aparência bastante científica, que na
verdade são organizações de fachada da indústria alimentícia3.

A GORDURA EM NOSSA DIETA

A margarina não é o único produto de supermercado a conter quantidade
significativa de gorduras "trans". Qualquer "alimento" que tenha as
palavras "hidrogenado" ou "parcialmente hidrogenado" no rótulo contém
gorduras "trans" e deveria ser evitado. Você vai ficar surpreso ao descobrir
quantos produtos na sua cozinha contêm gorduras "trans". Entre eles
estão pão, biscoitos e salgadinhos, óleos vegetais refinados e manteiga de
amendoim. A maioria das marcas de manteiga de amendoim (muito usada nos
Estados Unidos) contém açúcar ou xarope de milho, que exigem demais do
pâncreas e são facilmente convertidos em gordura pelo corpo.

Assim, leia sempre o rótulo dos alimentos industrializados e evite os
que contenham óleo ou gordura hidrogenada ou parcialmente hidrogenada!

Evite também produtos que contenham óleo de semente de algodão. O
algodão não é um produto alimentício e é tratado com pesticidas altamente
tóxicos - parte dos quais vai acabar no óleo. Segundo o dr. Jaffe, o óleo
de semente de algodão também contém ácidos graxos tóxicos semelhantes
aos existentes no óleo de semente de mostarda, que foi usado há 30 anos
e acusado de provocar várias mortes antes de ser retirado do mercado.
Esses ácidos graxos provocaram doenças quando oferecidos a cães e
porcos. O óleo de semente de algodão costuma ser usado para fritar batatas e
é encontrado em vários alimentos industrializados.

Hoje em dia, a opinião predominante entre os médicos é de que as
gorduras são nocivas e devem ser limitadas em nossa dieta. Ao levar em conta
o tipo de gordura que costuma ser consumido nos Estados Unidos, esta
talvez seja uma boa idéia. Mas vários estudos mostraram que a quantidade
de gordura não é tão importante quanto a sua qualidade e o equilíbrio
entre os vários tipos de gordura. Na verdade, os ácidos graxos
essenciais (já mencionados) ajudam a controlar os tipos de colesterol fabricados
pelo corpo e ajudam a evitar doenças cardíacas. Assim, seria mais
prudente reduzir em nossa dieta as gorduras saturadas e as gorduras "trans"
antinaturais e aumentar as gorduras essenciais. Muitos cientistas agora
defendem esta mudança de ênfase.

O dr. Edward Siguel é um pesquisador premiado que foi convidado a
estudar os ácidos graxos no Framingham Cardiovascular Offspring Study. Ele
publicou recentemente um livro chamado "Ácidos Graxos Essenciais na
Saúde e na Doença"4 . O dr. Siguel desenvolveu um teste de sensibilidade
para determinar a quantidade dos vários ácidos graxos encontrados em
seres humanos, e descobriu uma relação bem definida entre gorduras "trans"
e doença cardíaca. Ele também descobriu que muitas pessoas com doenças
cardíacas têm baixo nível de ácidos graxos essenciais. Numa palestra no
Segundo Simpósio Anual de Medicina Funcional em 1994, ele afirmou que a
insuficiência de ácidos graxos essenciais pode estar por trás de muitas
doenças crônicas comuns em sociedades ocidentais. Ele também chamou a
atenção para o fato de que dietas pobres em gordura e não baseadas em
alimentos integrais podem ser nocivas: "Indivíduos que mantenham peso
normal ou baixo comendo alimentos industrializados de pouco valor
calórico e com baixo nível de gordura, como cereais, pães e massas
vendidos em supermercados, correm sério risco de insuficiência de ácidos
graxos essenciais (...) associada ao uso de gorduras hidrogenadas,
levando a níveis elevados de ácidos graxos 'trans' na circulação sanguínea
(...)"

O leite de muitas mães americanas também apresenta um excesso de
gorduras "trans" e baixo nível de ácidos graxos ômega-3. O dr. Donald Rudin,
em seu livro "O fenômeno ômega-3", afirmou: "O leite das mães
americanas costuma ter apenas entre um quinto e um décimo do conteúdo de ômega-3
do leite que as mães nigerianas bem nutridas de sementes e castanhas
dão a seus filhos."5

A Divisão de Pesquisa Nutricional da Health Canada publicou
recentemente um estudo esclarecedor. Os pesquisadores analisaram o leite de 198
mães em aleitamento em todo o Canadá, e descobriram que os ácidos graxos
"trans" respondiam em média por 7,2% do conteúdo total de ácidos
graxos, sendo que a faixa de resultados ia de 0,1% a 17,2%. A análise
posterior dessas gorduras "trans" mostrou que sua origem principal eram os
óleos vegetais parcialmente hidrogenados (ou seja, margarina). Os
pesquisadores também perceberam que a elevação do nível dessas gorduras "trans"
aconteceu à custa dos ácidos graxos essenciais, colocando assim o bebê
sob um risco duplo num período crucial de seu desenvolvimento6.

Os dois tipos de ácidos graxos essenciais são necessários para o
desenvolviemento correto dos tecidos do feto e do bebê, especialmente o
sistema nervoso. Segundo John Finnegan, em "Fatos sobre a gordura", os
ômega-3 afetam especialmente as partes do cérebro ligadas à capacidade de
aprendizado, à ansiedade ou depressão e à percepção auditiva e visual.
Também ajudam a equilibrar o sistema imunológico7. Um estudo feito em
1991 pela Clínica Mayo com 19 mulheres grávidas "normais", alimentadas com
dietas "normais", mostraram que todas elas tinham deficiência de ácidos
graxos ômega-3 e, em menor escala, dos ômega-6. Os pesquisadores
recomendaram a suplementação de ácidos graxos ômega-3 em todas as gestações,
e que as mulheres evitassem gorduras refinadas e hidrogenadas durante a
gravidez8.

Um estudo publicado na Revista Americana de Nutrição Clínica mostra uma
diferença dramática entre as taxas de doenças cardíacas das populações
do norte e do sul da Índia9. Os do norte comiam carne e tinham alto
nível de colesterol. Sua principal fonte de gordura na alimentação era o
ghee (manteiga clarificada). Os do sul eram vegetarianos e tinham níveis
de colesterol muito mais baixos. A "sabedoria" atual diria que os
vegetarianos teriam a menor taxa de doenças cardíacas, mas na verdade o
contrário é que era verdade. Os vegetarianos tinham uma taxa 15 vezes maior
de doenças cardíacas do que a de seus patrícios do norte. Qual a razão
de diferença tão surpreendente? Além da oposição entre carne e
vegetais, a maior diferença na dieta era que os do sul haviam substituído o
ghee tradicional (um alimento de verdade) pela margarina e pelos óleos
vegetais refinados e poli-insaturados. Vinte anos depois, a revista médica
britânica "The Lancet" observou um aumento das mortes por
ataque cardíaco entre os indianos do norte10. Eles também haviam
substituído o ghee de suas dietas pela margarina e pelos óleos vegetais
refinados.

Há cem anos, as doenças cardíacas eram quase desconhecidas. Hoje, dois
terços dos cidadãos americanos desenvolvem doenças do coração. É claro
que aconteceu algo de errado na forma como vivemos, e um dos principais
fatores pode bem ser a introdução de óleos super-refinados,
superprocessados e desvitalizados.

Outros estudos sustentam esta idéia. Por exemplo, uma pesquisa da
Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard indicou que a ingestão de
óleos vegetais parcialmente hidrogenados pode aumentar o risco de
ataque cardíaco11. A pesquisa do dr. Siguel também deu mais peso à teoria de
que os ácidos graxos "trans" da dieta são um fator de risco nas doenças
do coração12.

Um relatório do Conselho de Nutrição da Dinamarca afirmou que vários
estudos sugerem que os ácidos graxos "trans" da margarina são tão ou mais
responsáveis pelo desenvolvimento da aterosclerose quanto os ácidos
graxos saturados. Eles recomendam a redução do conteúdo de ácidos graxos
"trans" em todas as margarinas dinamarquesas a no máximo 5% (era então
de 0 a 30%)13.

Outro estudo feito em Boston pelo Departamento de Nutrição da Escola de
Saúde Pública de Harvard analisou a dieta de 239 pacientes internados
em hospitais da cidade depois de seu primeiro ataque cardíaco, e
comparou-a com a dieta de um grupo de controle de 282 pessoas saudáveis.
Depois de dar o desconto dos vários estilos de vida, descobriram que a
ingestão de margarina associava-se de forma significativa com o risco de
infarto do miocárdio14.

Uma estudo da Escola de Medicina de Harvard acompanhou mais de 85.000
mulheres num período de oito anos. Os pesquisadores compararam a dieta
das que desenvolveram doenças cardíacas com a das que nada tiveram.
Descobriram que as principais fontes de gorduras "trans" na alimentação,
como a margarina, estavam associadas de forma significativa com o risco
maior de doença coronária e cardíaca15.

PROBLEMAS COM O PROCESSAMENTO COMERCIAL

Os óleos vegetais refinados e poli-insaturados tornaram-se muito
populares nos Estados Unidos desde que a onda anticolesterol começou há
muitos anos e os médicos passaram a promover seu uso. Quando preparados e
utilizados da forma correta, alguns desses óleos são fontes saudáveis de
ácidos graxos essenciais. Infelizmente, o processo padrão de refino
industrial destrói os ácidos graxos essenciais e cria altos níveis de
ácidos graxos "trans", ao mesmo tempo que remove importantes elementos e
agentes protetores naturais, como sais minerais e vitamina E.

Em "Fatos sobre gordura" e "Gorduras que curam, gorduras que matam",
John Finnegan e Udo Erasmus descrevem o processo comum de refino
comercial dos óleos vegetais. Começa com sementes que podem conter alto nível
de agrotóxicos (pesticidas e herbicidas). As sementes são esmagadas e
sujeitas a uma série de tratamentos químicos em temperaturas acima de
270°C. Esses tratamentos incluem o uso de solventes tóxicos, soda
cáustica, preservantes e anti-espumantes, e resultam na destruição dos ácidos
graxos essenciais, na perda de vitaminas e sais minerais e na formação
de ácidos graxos "trans" e radicais livres. Este é exatamente o
contrário do que seria desejado. Tudo isso em nome de uma vida mais longa na
prateleira e da aceitação do consumidor (o que sobra parece limpo e
bonito!). Isso também acontece com a gordura dos alimentos industrializados,
ou seja, quase tudo que vem numa lata ou numa caixa. Lembre-se de ler
as letras miúdas dos rótulos!

Segundo Finnegan e Erasmus, os óleos "prensados a frio" encontrados nas
lojinhas naturais não são garantia de qualidade. O processo usado ainda
gera temperaturas acima de 90°C, e a maioria desses óleos são refinados
e desodorizados com o mesmo processo destruidor de nutrientes usados
nos óleos comerciais de "supermercado".

Tome cuidado com inscrições como "orgânico" e "natural", porque nos
Estados Unidos já houve casos de interpretações fraudulentas destas
palavras. Algumas empresas foram flagradas mentindo sobre a origem de suas
sementes e usando sementes comerciais comuns em vez de sementes realmente
orgânicas (no sentido de não terem agrotóxicos etc.). Houve até mesmo
casos de empresas que simplesmente reembalaram óleos e maioneses comuns
com um rótulo de "natural" para cobrar preços mais altos pela
mercadoria.

Finnegan menciona duas agências confiáveis de certificação nos Estados
Unidos: FVO (Farm Verified Organic - orgânico verificado na fazenda) e
OCIA (Organic Crop Improvement Association - Associação de
Desenvolvimento da Agricultura Orgânica). Ele conta que só duas empresas seguem
seus critérios na produção de óleos naturais: a Omega Nutrition, em
Ferndale, e Flora Inc., em Lynden, ambas no estado de Washington. Ele também
entrou em contato com um dos mais conhecidos fabricantes de óleos
"naturais" do país, que não quis discutir os métodos de processamento de
óleo e não lhe permitiu visitar a fábrica.

É preciso notar que, além do calor, a luz e o oxigênio provocam sérios
danos aos óleos. Segundo Erasmus, a luz destrói o óleo mil vezes mais
depressa que o oxigênio, por isso é importante comprar óleos não
refinados embalados em garrafas pretas à prova de luz. O oxigênio pode ser
extraído da garrafa e substituído por um gás inerte, como nitrogênio ou
argônio. A Omega Nutrition embala seus óleos desta forma. Os óleos Flora
são embalados em vidro escuro, que reduz a quantidade de luz mas não a
elimina. Embora sejam muito mais caros, esses óleos valem o que custam,
levando em conta os fatos apresentados neste artigo.

O EQUILÍBRIO ENTRE OS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS E NOSSA SAÚDE

Os dois grupos de ácidos graxos essenciais - ômega-3 e ômega-6 -
recebem este nome por causa de sua configuração molecular e do lugar onde
aparece a primeira ligação "insaturada" na cadeia de átomos de carbono da
molécula.

Os óleos ômega-6 são encontrados principalmente nos vegetais e nas
sementes. São convertidos em prostaglandinas E1 (já mencionadas) depois de
vários processos quimicos. A maioria das pessoas ingere quantidade
suficiente desses ácidos graxos, mas algumas têm dificuldade de
convertê-los nas prostaglandinas ativas. Este bloqueio costuma ser causado pelo
excesso de gorduras "trans", por medicamentos anti-inflamatórios como
aspirina ou Tylenol e por deficiências de vitamina B6 ou de magnésio. A
insuficiência de ácidos graxos ômega-6 pode provocar problemas no sistema
auto-imune, dor e caroços nos seios, eczema, hiperatividade em
crianças, hipertensão, inflamações e tensão pré-menstrual. A suplementação
alimentar com óleo de sementes de borragem, prímula ou uva pode compensar o
bloqueio e fornecer os elementos essenciais para a fabricação da
prostaglandina necessária.

O dr. Siguel descobriu que a deficiência de ômega-3 é mais comum em
nossa dieta ocidental. Por causa da industrialização dos alimentos e da
preferência cultural, a dieta ocidental média contém apenas um sexto da
quantidade de ácidos graxos ômega-3 necessários para o funcionamento
saudável do organismo - em vez do equilíbrio de 100 anos atrás. Tudo
indica que a deficiência de ácidos graxos ômega-3 está associada à artrite e
a problemas nas articulações, à síndrome do intestino irritado, à
tensão pré-menstrual, a problemas de próstata, a várias afecções de pele e à
depressão, às fobias e à esquizofrenia.

As duas principais fontes de ômega-3 são o óleo orgânico de sementes de
linhaça e de peixes de água fria (como bacalhau, sardinha, atum, truta
e salmão). Esses peixes não deveriam ser fritos, por causa do efeito da
alta temperatura e da resultante emissão de radicais livres.
Diferentemente da galinha e do peru, os peixes de água fria deveriam ser comidos
com a pele, já que é ali que há a maior concentração de gorduras
desejáveis.

Muita gente se preocupa com o consumo freqüente de peixes, por causa da
poluição química e de metais pesados no oceano. Os peixes predadores
concentram estes poluentes em seu tecido gorduroso, mas os peixes
oceânicos costumam ser menos atingidos que os peixes costeiros. É melhor
evitar peixes vindos de águas próximas a áreas agrícolas, industriais ou de
mineração, por causa do alto nível de ingestão de substâncias tóxicas.
Peixes de criadouro são alimentados com ração industrial, e também
devem ser evitados; não são saudáveis e têm níveis insignificantes de
ácidos graxos ômega-3.

Quando processado de forma apropriada, o óleo de sementes de linhaça
tem a maior concentração de ácidos graxos ômega-3, ou seja, 57%. Os
ômega-3 também são encontrados em alguns outros óleos vegetais
não-refinados, como os de soja e canola, mas em quantidade muito menor. O óleo de
linhaça é muito sensível e deve ser processado em condições controladas
(a frio, sem luz nem oxigênio), embalado com nitrogênio em garrafas
escuras para evitar a oxidação e transportado e exposto sob refrigeração.

Embora todos os óleos não-refinados e insaturados devessem ser
processados, embalados e distribuídos desta forma, a grande maioria deles não
é. As companhias acima mencionadas usam estes métodos especiais, e é
possível comprar seus óleos com alguma certeza de estar adquirindo um
produto saudável. Temos usado os óleos das duas companhias nos últimos anos
e estamos muito satisfeitos. Embora mais complicados e caros, algum dia
esses métodos terão um papel muito importante na redução de várias
doenças degenerativas, muito mais caras a longo prazo, especialmente em
termos de sofrimento e perda de potencial humano.

Os alimentos mais saudáveis são cultivados organicamente e devem ser
consumidos na forma mais próxima de seu estado natural. Nos Estados
Unidos, é possível encontrar sementes e grãos de boa procedência nas
cooperativas de alimentos naturais. O consumo de sementes e alimentos
cultivados organicamente é recomendado para minimizar a ingestão de produtos
químicos e otimizar o conteúdo nutritivo. Ao consumir alimentos
integrais, absorvemos uma gama complexa de nutrientes que trabalham juntos de
forma natural na intrincada química que mantém nosso corpo funcionando,
mas muitos desses nutrientes naturais se perdem no processamento
industrial.

Mesmo os maiores esforços humanos para produzir alimentos e óleos
industrializados saudáveis acabam ficando aquém das conquistas da Natureza.
Os melhores óleos são fornecidos pela natureza, embalados da melhor
forma possível para evitar a oxidação de seu precioso conteúdo. Sementes
de linhaça orgânicas recém-moídas contêm óleo fresco (protegido pela
película) e sua fibra é a fonte mais rica das substâncias chamadas
"ligninas", possuidoras de potentes propriedades anticâncer, antibacterianas,
antfúngicas e antivirais. A fibra da linhaça tem de 100 a 800 vezes
mais ligninas do que as outras fontes de fibras. Esta é uma forma barata e
saborosa de assegurar a ingestão adequada de ácidos graxos ômega-3 (ver
as instruções abaixo). Se preferir, você pode comprar (nos Estados
Unidos) óleo de linhaça de boa qualidade em garrafas ou cápsulas. Veja
apenas se descobre como o óleo é processado! As empresas Flora e Omega
Nutrition fornecem óleo de linhaça de boa qualidade em garrafas e
cápsulas.

AS VELHAS E BOAS ALTERNATIVAS SAUDÁVEIS

Há várias outras formas de melhorar seu equilíbrio de ácidos graxos e
evitar a armadilha das gorduras "trans":

- Coma sementes de linhaça recém-moídas todos os dias. Coloque três
colheres de sopa de sementes num liquidificador ou moedor de café para
obter cerca de uma colher de óleo (misturado com a fibra). Isto se
aproxima da dose diária recomendada de óleo omega-3 para uma pessoa média.
Pode ser misturado com cereais, batido até virar uma pasta ou servido com
iogurte. Você pode também misturar com suco de maçã morno (quente,
não!) e juntar pedacinhos de banana ou outra fruta para obter um prato
saboroso e nutritivo que satisfaz e fará maravilhas pelo funcionamento do
intestino! E coma as sementes moídas dentro de no máximo 10 a 15
minutos, para reduzir o problema da oxidação. Mas tome cuidado: em testes
alérgicos encontrei várias pessoas (como minha esposa e eu) alérgicas ao
óleo de linhaça, e outras alérgicas às sementes de psyllium, geralmente
usadas por causa de seu conteúdo de fibras.

- Use manteiga em vez de margarina ou gordura vegetal hidrogenada para
cozinhar. A manteiga também tem seus problemas, como resíduos de
hormônios e agrotóxicos, mas é um alimento integral. Alimentos integrais têm
nutrientes que atuam sobre sua própria gordura se ingeridos com
moderação. Se quiser usar manteiga, prefira a que for produzida organicamente.

- Uma alternativa ainda melhor é o ghee orgânico, ou manteiga
clarificada, como mencionado anteriormente. Ghee é a gordura culinária que os
cozinheiros indianos e franceses têm em mais alta conta. Tem um aroma
agradável e não queima, não solta fumaça nem desenvolve compostos tóxicos
ao ser aquecida.

- A gordura de coco orgânica e não refinada é outra alternativa à
manteiga comum em sua dieta. A empresa Omega Nutrition vende este produto.
No entanto, a maioria dos outros produtos com gordura de coco são
hidrogenados. O óleo de coco tem sido sujeito a uma campanha difamatória
pelos fabricantes de óleos vegetais comerciais, mas as pesquisas que citam
usaram óleo de coco hidrogenado, o que pode ter distocido os
resultados.

- Use azeite de oliva ou uma mistura meio a meio de ghee e azeite de
oliva. Não frite nem refogue com óleos leves "poli-insaturados", como os
de açafrão, girassol ou milho. Com a alta temperatura eles se oxidam
rapidamente, formando radicais livres. Os radicais livres são moléculas
muito reativas que podem penetrar em suas células e dar início a reações
em cadeia prejudiciais que deixam para trás vários danos, como
alterações do código genético (DNA) e formação de células cancerosas. Muitos
consideram que os radicais livres têm papel predominante nas doenças
degenerativas. Embora não haja quase nenhum ácido graxo essencial no óleo
de oliva, ele é rico em ácidos graxos "mono-insaturados" e não se oxida
tão facilmente. Use um azeite "extra-virgem de primeira extração,
prensado a frio", de preferência de cor esverdeada e com algum sedimento no
fundo, o que costuma indicar pouco processamento. Muitas lojas naturais
nos Estados Unidos vendem este tipo de azeite.

- Se você for alérgico a leite, sempre se pode substitur a margarina ou
a manteiga das receitas por uma mistura meio a meio de xarope de maçã
(suco de maçã fervido por muito tempo até virar quase uma geléia, comum
nos Estados Unidos) e óleo de açafrão, girassol ou canola orgânico e
não refinado. Testamos em massas de torta e bolos e o resultado foi
ótimo. Tentamos substituir por óleo de canola sozinho, mas a massa ficou
meio seca e esfarelenta.

- Experimente manteiga de amendoim não hidrogenada, encontrada em
algumas lojas naturais nos Estados Unidos. A parte sólida se separa, e o
óleo flutua no alto da embalagem. A melhor marca é, provavelmente,
Arrowhead Mills. Eles secam ao sol os amendoins cultivados organicamente, para
evitar o fungo que produz a aflatoxina, que é tão tóxica quanto o nome
sugere. A maioria dos produtos de amendoim comerciais contêm
aflatoxina, além de resíduos de agrotóxicos. Manteigas de amêndoa ou nozes contêm
gorduras mais saudáveis do que a manteiga de amendoim, sem o problema
do fungo. Nos Estados Unidos, elas são vendidas em lojas e cooperativas
naturais.

- Prefira o óleo que vem em garrafas seladas e evite os óleos vendidos
a granel nas cooperativas, já que costumam estar rançosos (novamente os
radicais livres). O óleo rançoso tem gosto amargo quando você pinga uma
gota na língua, e não deve ser consumido.

- Sempre refrigere o óleo depois de aberto. É melhor refrigerar os
óleos não refinados logo que você comprá-los, para prolongar sua vida na
embalagem. Se não estiverem em garrafas opacas, guarde-os ao abrigo da
luz.

- Quanto mais você ingerir gorduras insaturadas como óleos vegetais e
óleos de peixe (EPA/DHA ômega-3), mais vai precisar de proteção
antioxidante contra os danos dos radicais livres. Se você toma suplementos de
óleo de peixe ou de prímula, ou usa óleos poli-insaturados, tome mais
vitamina E. A dose diária recomendada de vitamina E fica entre 300 e 400
UI por dia, e provavelmente a melhor forma de ingeri-la é através de
"tocoferóis mistos". Muitos estudos demonstram sua eficácia na redução do
risco de doenças cardíacas, artrite e outras doenças relacionadas com
radicais livres. Como a vitamina C é usada para regenerar a vitamina E
"usada", um suplemento de 500 a 1.000 mg de vitamina C por dia também é
uma medida prudente.

- Os óleos e suplementos mais caros não poderão compensar a dieta e o
estilo de vida pouco saudáveis. Use o bom senso e consulte um
profissional de saúde consciente da importância da nutrição quando se sentir
preocupado com sua saúde. Os livros do dr. Dean Ornish16 e do dr. John
McDougall17 oferecem muitas idéias excelentes de dieta e estilo de vida, e
recomendo-os como fonte de informações dietéticas básicas, embora seus
programas prescrevam uma ingestão baixa demais de gorduras. Assim, para
assegurar a ingestão adequada de ácidos graxos essenciais, você vai
precisar de algumas nozes e sementes orgânicas, além de óleos de boa
qualidade (como os que mencionamos acima) para suplementar essas dietas de
baixo nível de gordura.

AUMENTANDO A CONSCIÊNCIA PÚBLICA

Ainda há gente teimosa na comunidade "científica", em especial os que
são funcionários ou patrocinados pela indústria alimentícia, que alegam
não haver provas suficientes de que as gorduras "trans" são perigosas,
e citam estudos que justificam sua opinião. Este é o jogo da "ciência"
moderna, no qual estão envolvidos egos e dinheiro.

No entanto, a maioria dos estudos recentemente publicados apóia a idéia
de que essas gorduras quimicamente alteradas são nocivas. Nestes casos
de conflito, sempre fico do lado da Mãe Natureza; ela é mais sábia do
que qualquer um de nós!

Lembre-se de que a maior parte destas informações sobre gorduras
"trans" já é conhecida há muitos anos, mas a indústria conseguiu manter o
tema longe dos olhos do público: este é mais um exemplo do comportamento
(o comprador que se cuide) da indústria alimentícia. Agora que você já
sabe, cuide-se! Boa sorte, e boa saúde!

NOTAS:

1. Erasmus, Udo, Ph.D., Fats that Heal, Fats that Kill, Alive Books,
Burnaby, BC, Canadá, 1987, 1993.
2. Harvard Health Letter, Summer 1994.
3. Jaffe, Russell, M.D., Lipids (áudio-tape), 1992.
4. Siguel, Edward, M.D., Ph.D., Essential Fatty Acids in Health and
Disease, Nutrek Press, Brookline, MA, EUA, 1995.
5. Rudin, Donald, M.D., e Felix, Clara, The Omega-3 Phenomenon, Rawson,
New York, EUA, 1987.
6. Lipids, Março de 1996, 31:Suppl:S27982.
7. Finnegan, John, N.D., The Facts About Fats, Celestial Arts
Publishing, Berkeley, CA, EUA, 1993.
8. "Deficiency of essential fatty acids and membrane fluidity during
pregnancy and lactation", Biochemistry, Proceedings of the National
Academy of Sciences, EUA, vol. 88, junho de 1991.
9. American Journal of Clinical Nutrition, 1967, 20:462-475.
10. The Lancet, 14 de novembro de 1987.
11. Circulation, janeiro de 1994, 89(1):94-101.
12. American Journal of Cardiology, 1993, 71:916-920.
13. Clinical Science, April 1995, 88(4):375-92.
14. Circulation, ibid.
15. The Lancet, março de 1993, 341(8845):581-5.
16. Ornish, Dean, M.D., Dr Dean Ornish's Program for Reversing Heart
Disease, Ballantine Books, New York, EUA, 1990.
17. McDougall, John A., M.D., The McDougall Program, Plume (Penguin
Books), New York, EUA, 1991.

* Morrison, Robert Thornton, e Boyd, Robert Neilson, Organic Chemistry,
Allyn & Bacon, Inc., Boston, EUA, 1973, 1979, 3ª ed.

Sobre o autor:

O dr. Dane Roubos, B.Sc., D.C., D.A.B.C.I., estuda nutrição há 25 anos
e é fisioterapeuta há 14 anos. É formado pelo American Board of
Chiropractic Internists, e hoje em dia dá aulas em tempo integral no
Northwestern College of Chiropractic em Minnesota. Ele se dedica a ajudar as
pessoas a viverem mais perto da Terra, do espírito e da alma interior.

Este artigo foi extraído em parte de Blazing Tattles, vol. 5, nºs. 10 e
11, 1996, e atualizado pelo autor.
Blazing Tattles!,
PO Box 1073, Half Moon Bay,
CA 94019 USA.
Email: blazing@crl.com
www.best.com/~cnorman/blazing 

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